Já está disponível em formato digital o livro “Ilhas do Porto: reabilitar para incluir”. A obra, editada pelo Município do Porto, foi coordenada por Aitor Varea, investigador do grupo Morfologias e Dinâmicas do Território do Centro de Estudos em Arquitectura e Urbanismo da Universidade do Porto.
As ilhas têm, no Porto, um Arquipélago de significados. Se, por um lado, retratam a perspetiva histórica iminentemente industrial do final do século XIX, que teve necessidade de acomodar aqueles que vinham à procura de uma oportunidade na cidade, por outro, está identificada a necessidade de qualificar este tipo de habitação.
De acordo com o vereador responsável pelo pelouro da Habitação, Pedro Baganha, no prefácio do livro Ilhas do Porto: Reabilitar para incluir: “É tempo de fazer a diferença!”
O estudo liderado pelo Município do Porto surge assim como parte integrante da mudança, na medida em que sistematiza e diagnostica de forma ampla a problemática que envolve esta tipologia habitacional.
Do ponto de vista urbanístico, cada ilha corresponde a um conjunto de pequenas habitações, em média com áreas não superiores a 20 m2, que não dispõem de casa de banho privativa e possuem uma única fachada. Regra geral, a entrada é ocupada por uma sala, sendo que a ventilação e iluminação dos espaços interiores costuma ser exígua. Ainda no âmbito da contextualização, verifica-se que o número de ilhas existentes atualmente é de 957, o que constitui um decréscimo face às 1153 que chegaram a existir no século XX.
Segundo o autor do estudo, as tentativas de resolução dos problemas associados a esta tipologia de habitação têm assumido duas posições antagónicas: erradicar ou reabilitar. O Município do Porto optou por uma solução intermédia, que procura qualificar o património habitacional sob sua gestão, aproveitando também o programa 1.º Direito, como fica retratado no exemplo de reabilitação da Ilha da Bela Vista.
O livro “Ilhas: reabilitar para incluir”, pode ser consultado AQUI.