11/03/2024

Dois prédios, situados em pleno Centro Histórico e que se encontravam em elevado estado de degradação, foram totalmente reabilitados, obra a cargo da Porto Vivo, Sociedade de Reabilitação Urbana (SRU), num investimento superior a 2,5 milhões de euros. Os prédios situam-se no Morro da Sé, mais concretamente na Rua dos Mercadores e Rua de Sant’ana, e foram, esta sexta-feira, visitados pelo presidente da Câmara.

 

Rui Moreira garantiu que "o Porto tem uma particularidade que a distingue de todas as outras cidades portuguesas: a habitação é sempre uma prioridade para todos os executivos municipais".

 

Escudado nos dados oficiais – "13% da habitação da cidade é municipal quando, a média nacional, é, de apenas, 2%", referiu –, o presidente da Câmara, que esteve acompanhado do vereador da Habitação, Pedro Baganha, e da Economia, Ricardo Valente, para além do conselho de administração da Porto Vivo, SRU, revelou que, "até final 2028, prevemos disponibilizar no mercado das rendas acessíveis cerca de 1500 novos fogos”, espalhados um pouco por toda a cidade.

 

No caso da zona do Morro da Sé, disse, "estamos a falar numa zona da cidade que estava absolutamente abandonada, destruída". Agora, "queremos gente a viver aqui. As cidades são feitas de pessoas, não podem ser monocromáticas. Não podemos ter comunidades fechadas e, no caso do Porto, pretendemos tornar a cidade mais atrativa", acrescentou Rui Moreira.

 

 

270 casas colocadas no mercado de arrendamento acessível

 

O programa municipal de arrendamento acessível "Porto com Sentido", criado em 2020, já permitiu colocar no mercado de arrendamento acessível 270 casas. A renda média da totalidade de contratos é de 400,53 euros. As tipologias T1 e T2 assumem maior preponderância, havendo também T0, T3 e T4. Os contratos são celebrados por cinco anos, renováveis.

 

Na Rua dos Mercadores, um dos principais eixos viários e comerciais da época medieval, foi requalificado um edifício com uma área bruta de construção superior a 435 metros quadrados, existindo, agora, três apartamentos T1, um apartamento T2, e um espaço comercial. Refira-se ainda, a título de curiosidade, que existia neste edifício uma gárgula que, devido ao seu valor patrimonial, ficou ao cuidado do Museu da Cidade.

 

Maior dimensão tem o edifício reabilitado na Rua de Sant’ ana, com uma área bruta contruída superior a 855 metros quadrados, com sete renovados fogos – dois de tipologia T1, quatro T2, um T2 duplex, e ainda dois espaços comerciais.

 

Ambas as intervenções consideraram a eficiência energética como elemento fundamental na qualidade de vida dos futuros inquilinos. Refira-se, a título de exemplo, a colocação de painéis solares para aquecimento de águas e também, de caixilharias com vidros duplos.

 

Todas estas frações integram o projeto 5, última fase da empreitada a ser concluída e que integra um total de 14 unidades, 11 delas destinadas a habitação, sendo que destas, sete encontram-se incluídas nos imóveis a sortear no âmbito do 24.º concurso de arrendamento acessível, a ter lugar no próximo dia 15, nos Paços do Concelho.

Galeria
Item 1 de 17
Ver também